*DÁDIVA:
Marés vivas, investida;
Boca faminta, desnorte;
Olhar húmido, fantasia;
Tempo de vagas que vão,
Tempo de ondas que voltam;
Marés de dar e perder;
Encontro, evasão e promessa;
Nascente, poente e horizonte;
Quente e húmida matriz;
Inacabado poema...
Os corpos feitos reféns;
As palmas das mãos atadas;
Marés altas, marés vazas;
Tsunami em vaso quebrado;
Fino licor degustado;
Lamento, abandono e suspiro;
Sabor de sumo e de polpa
de um fruto doce e macio...
Arakné
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