O Mito de Arakné (antiga lenda grega)


Entre os deuses que habitavam no Olimpo reinava Atena, deusa da Sabedoria e de todas as Artes... A bela Arakné era uma extraordinária bordadeira, cujos trabalhos maravilhosos eram admirados por todos os que os contemplavam:

- Que mãos preciosas tem!... que harmonia de cores!... que obras de arte!...

Tais elogios envaideceram tanto Arakné, que um dia exclamou:

- Se eu desafiasse a deusa Atena tenho a certeza de que ganharia!

Logo as ninfas do bosque correram a contar as suas palavras à deusa que, enfurecida pela afronta, logo aceitou o desafio... No dia marcado, Atena executou o seu bordado com muita arte e empenho mas, quando terminou, percebeu que a obra de Arakné era realmente muito mais bela que a sua... Enraivecida, rasgou o bordado da sua rival em mil pedaços e, em seguida, transformou-a numa aranha para todo o sempre...

(Lenda Mitológica Grega)


domingo, 18 de fevereiro de 2024

ETERNO REGRESSO...

Chegámos sorrindo,
na terna visão,
na cumplicidade, 
na morna ansiedade,
no riso de sempre,
na voz que enrouquece,
no brilho do olhar,
na mão que estremece,
nos dedos que tocam,
no arrepio do beijo,
na promessa calada,
na leve carícia...

É a felicidade
plena e tão rara,
completa e tão breve,
liberta e tão doce,
nossa e tão livre...
A única  promessa,
a única nostalgia,
nos dias de ausência,
de longos vazios...
O teu riso solto,
as palavras cheias,
o silêncio cúmplice, 
as vozes caladas,
os suspiros leves...

És tu, meu Amor?... 
Sou eu, meu Amor!...

Chegámos!
Ao lar dos meus beijos
o teu corpo inteiro,
neste meu lugar
quero descansar,
nesse teu abraço,
este amor de sempre...
A falta do beijo,
o amor adiado,
o toque indeciso, 
as tuas mãos ávidas,
esta minha sede,
como sempre, Amor.

São as minhas mãos?
Sao as tuas mãos,
como sempre, Amor!

Nosso amor de ontem,
nosso amor de hoje,
nosso amor secreto,
nosso amor de areia, 
nosso amor de mar,
nosso amor de dias
nos desvãos do tempo,
amor de luar 
e beijos molhados...

Em todas as eras
regressei à casa
de todos os tempos.
O mesmo desejo,
a mesma magia,
neste voo juntos,
como aves que voam
num voo de tempo,
a eternidade
no desvão da idade.

Foi ontem, Amor?
É hoje o encontro
de ontem, Amor!

Entremos, Amor,
é nossa esta casa,
é meu o teu chão,
é tua esta fonte,
é nosso o sabor.
E a rosa vermelha,
a rosa entre nós, 
testemunha eterna
deste nosso amor.
No mar e na areia,
neste pôr de sol,
no luar da noite.

És tu, meu Amor?
Sou eu, meu Amor!
Arakné



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