dormente, disperso e volátil,
em fuga do cativeiro íntimo,
onde reinam destroços,
memórias, farrapos e histórias...
Os invernos gélidos
sucederam aos outonos dourados.
As manhãs primaveris de aromas
geraram verões sumarentos
de frutos maduros, proibidos amores,
desafios, risos e lágrimas derramadas...
Imersa na eterna poeira das idades
revivo, hoje, a saudade esbatida
do sol poente em reflexos rubros
no céu em fogo que reclinava os dias...
Uma remota nostalgia me visita agora,
pelos trilhos e acasos solitários
que então percorria e me pareciam perfeitos:
As noites eram estreladas,
a magia era lunar, a ilusão prateava o mar
e era tão óbvio amar-te...
Arakné
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