da posse partilhada
em que arrastei manhãs
e protelei noites escuras
revela-me no testemunho calado
pecado da ausência no grito
e reconheço-me no instante
impossibilidade ansiada
da alma em conluio
e desfragmento material...
paradoxo da recíproca
abismada e liquefeita
e vislumbro-nos
como a foz de dois rios
em diluída mistura
num oceano de átomos
vividos e divididos
completos e indeterminados
de permanência infinita
o pesado imponderável
em partículas nos resume
e por desérticos percursos
muito sós em poeira de amor
nos dissolvemos em nós...
Arakné
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1 comentário:
A poeira do nosso amor, qual tempestade desértica, deixa no entanto visionarmos a beleza dum encantado amor.
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