Atardam-me os dias em pranto
E solidão.
Arrastam-se por aí correntes grossas,
Espessas,
De sem sentidos!... Nem rumo!...
Lá fora a noite abate-se sobre si.
Igual a tantas!?
Calou-se o dia!
Repousam as memórias?
Logo se me pega uma falta espessa e crua,
Da carícia suave
Das mãos,
Naquele toque que murmurava
Na alma,
O sussurro calado, só adivinhado,
Porque a voz desmerece o encontro...
Não digas nada, sente!
O desencontro afinal garantia:
Vou e volto já!
Vai-me buscar se eu tardar a encontrar o caminho.
Vai que te espero enquanto choro.
Não tardo chego, como quem não quer...
Vem já. Faz-se tarde, atarda-se a noite e ela é nossa!
Vem lá que é tarde!
Voltei porque tu és a minha casa!
Eu sei!
Agora a noite cala-se e dói. Só!
Arakné
Sem comentários:
Enviar um comentário