Lunar a noite
e a tonalidade esvaída
de entre sonhos
e calor morno.
E ao longe um eco
de melodia na suavidade leitosa
de uma música eterna
ao luar.
E eu perdida no sonho solitário
dos dias idos
e por companhia o fantasma
do beijo inesquecido.
E a memória distante
numa fome íntima e agreste
de abraço envolvido
e segredo maculado.
E a união dos corpos
atados em laços e desejos
que divaga na noite quieta
sob o céu de um sonho.
E a carícia morna que dorme em maresia
e algures na madrugada
se recolhe numa lágrima
prateada de emoção.
E esta beleza única,
que se derrama em vagas loucas
e vem morrer no areal
num vaivém de Dor, Desejo e Lua.
Arakné
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