escorre na negrura esquecida
da noite solitária,
perdidos no pensamento
passeiam os ruídos distantes,
dissonantes, que se desgarram
num odor acre a seiva
de árvores, terra húmida e luas...
do mundo longínquo
tocado de saudade!...
Lágrimas furtivas e sentidas,
soluços num rasto profundo
de perdas e danos
por falsos caminhos...
Sombras e desassossego
no olhar vazio
há tanto tempo quieto...
Um fio trémulo e vibrante
enreda-me a vida entretecida
que persiste e amanhece
numa teia distante...

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