*Esparsa-se o tempo, infinito,

no momento feliz,

desfibram-me imagens,

conjugam-se, únicas, reais,

é o amor que sinto,
fixado em vós,

retrato da célula, do sangue

da dor, em mim, que no infinito se alonga,

emprenhei-me desta forma,
mater a idade, dorida e feliz,

 confiscada a alma,

pacificada a lua, esfarrapada a matriz,

na contraluz do ser,
no seio, os entes que a luz me ofertou...

construo e reconstruo na perenidade,
permanentes, o amor, o corpo,

e a doçura jaz

onde o ente se me perfaz...

Arakné

Dedicado aos meus dois filhos, Agosto de 2014