na ânsia dos beijos
que morderam o desejo,
no afago das mãos
ao avesso da pele,
no arrepio suave
que das carícias surgiu,
no rio profundo
que me abriu o vale,
que me abriu o vale,
por onde correu
um aroma de mel...
na noite vadia,
o luar cavalgou,
o desejo em tropel,
o desejo em tropel,
pelas margens dos corpos,
estilhaçou-se o instante,
inundou-se em torrente
de sal e suor,
e o orgasmo morreu
num sabor a dois...
Arakné
Arakné
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