*Pelo descaminho,

em que me encaminho,

a inesperada dicotomia:

a bifurcação imprevista

do transcurso da alma,

e o eternizado processo

desconstrutivo,

desorientativo,

desamoroso...

na ínvia via,

por onde caminho,

com divagares,

tacteante e temerosa

como vítima acossada,

ou cautelosa e vigilante

como predadora implacável,

selvática miscelânea,

caleidoscópio de emoções

e contradições,

transfiguram-se-me, às vezes,

claridades ofuscantes

de fantasias felizes

em mundos coloridos...

perpassam-me arco-íris

brilhantes,

e tons de violeta,

como pétalas de chuva

em pingos de ilusões,

com que a minha alma,

sedenta,

se apazigua e acalenta,

são desfragmentos de poesia

irrealidades bipolares,

enigmáticas,

sobrevidas cansativas,

esgotantes fontes de...

límpidas alegrias?

poéticas fantasias?

delirantes utopias?

Arakné