O Mito de Arakné (antiga lenda grega)


Entre os deuses que habitavam no Olimpo reinava Atena, deusa da Sabedoria e de todas as Artes... A bela Arakné era uma extraordinária bordadeira, cujos trabalhos maravilhosos eram admirados por todos os que os contemplavam:

- Que mãos preciosas tem!... que harmonia de cores!... que obras de arte!...

Tais elogios envaideceram tanto Arakné, que um dia exclamou:

- Se eu desafiasse a deusa Atena tenho a certeza de que ganharia!

Logo as ninfas do bosque correram a contar as suas palavras à deusa que, enfurecida pela afronta, logo aceitou o desafio... No dia marcado, Atena executou o seu bordado com muita arte e empenho mas, quando terminou, percebeu que a obra de Arakné era realmente muito mais bela que a sua... Enraivecida, rasgou o bordado da sua rival em mil pedaços e, em seguida, transformou-a numa aranha para todo o sempre...

(Lenda Mitológica Grega)


quinta-feira, 7 de março de 2013

*Era um tempo
breve e leve
e inundado de esperas
e coloridas quimeras
que rolavam
e se confundiam
em nuvens de tom lilaz 
e azuis transparentes
e as mãos eram doces
de algodão rosa
e deixavam voar
os dedos de seda
que se entrelaçavam
numa prece fugidia
e os sonhos renasciam
a cada sol
e diluiam-se
nas frescas brisas
matinais
e nesse tempo
os destinos
eram amenos e mornos
e tinham sabor
a amêndoas doces
e as palavras
eram benditas
e escritas e lidas
em suspiros
e os parágrafos
continham juras de amor
e evadiam-se
em canções sedentas
e havia um aspergir suave
de chuva fresca
e de primavera
e era um tempo
de música
e notas soltas
e harmonias
e brilhavam raios de luz
e sóis de alegria
e era uma época
de ouro
e mel silvestre
e coalhavam-se
fantasias boas
e escorriam rios
que ignoravam a margem
e persistentes
traçavam caminhos
de viagem
e era um tempo
sem lamento nem alvo
e tudo era sem razão
e a inexistência
era o momento
e o ser sem tempo
e sem espaço
e sem medida
e sem cor
era um tempo ideal
e o coração era real
e todo o resto irreal...
Arakné

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