E no astro como fatalidade nos transporto
de novo envolvidos em marés de fantasia
ambos viajantes noivos da lua e do mar

na solidão desfeita em fiapos e farrapos

a via dolorosa da tua ausência esquecida
contemplando a sonhada promessa perdida

nosso que foi o ilimite da entrega de mim

o que resta do prazer achado em instantes
fomos amantes ocultos em secretas euforias

correrias destravadas soltas na imaginação

 esvaziados agora os voos de rotas perversas

 e aquelas inconfessas emoções excessivas

e as desbragadas revelações em cruezas

tão belas e rudes da nossa entrega desnuda

nada mais já existe nosso em ti meu amor...

e o beijo, o beijo de corpo inteiro que trocámos?

Arakné